segunda-feira, 6 de maio de 2013

Relatório Narrativo

Relatório Narrativo do Projeto Phoco

        O Projeto teve início no dia 25/03/2011.
        O Coordenador do projeto é Léo Mendes e o Assistente Paulo Gomes.
        Para Goiás foram selecionados  os agentes de prevenção :  Cairo Vinicius ( Itumbiara ), Weder Cesar ( Caldas Novas ) , João Noleto ( Jataí ) , Odílio Torres ( Goiânia ) e Luciene Nogueira de Oliveira.
      Para o Distrito Federal foram selecionados os agentes de prevenção:


     I Curso de Capacitação do projeto Phoco
     Goiânia - 1 a 4 de maio de 2013 – Umuarama Hotel ( Rua 4  com rua 6 – Centro de Goiânia)
Capacitação do Projeto Phoco



5. POPULAÇÃO A SER BENEFICIADA PELO PROJETO
5.1. População(ões) em situação de maior vulnerabilidade que o projeto focará:  Gays, Homens Bissexuais, Homens que fazem sexo com Homens -HSH, Trabalhadores do Sexo Masculino e Pessoas Vivendo com Hiv/Aids e ou Hepatites.

5.2. Abrangência geográfica do projeto (a) ver tabela do Anexo X com as indicações de prioridades; (b) descrever detalhadamente a regionalização e as estratégias para a integração das ações; (c) citar os estados e os municípios abrangidos:
DF –  Brasília
DF -- Taguatinga
DF -  Ceilândia
DF-   Sobradinho
GO – Goiânia
GO – Jataí
GO – Caldas Novas
GO – Itumbiara

5.3. Número de pessoas beneficiadas diretamente: 1000

5.4. Número de pessoas beneficiadas indiretamente:10.000



6. APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL (descrever sobre a experiência e estrutura institucional de todas as OSC que executarão ações do projeto)
6.1. DA OSC PROPONENTE
6.1.1. Qualificação da instituição, histórico de ações relacionadas ao tema da proposta e à população a ser beneficiada pelo projeto:
       O Grupo Pela Valorização, Integração, Dignidade do Doente de Aids (Grupo Pela Vidda de Goiânia -GPV) é uma organização que assiste com prioridade mulheres e crianças portadoras de HIV/AIDS, o que soma um total de 150 famílias cadastradas.
      Fundado em 13 de janeiro de 1992, o GPV é uma Organização não governamental, sem fins lucrativos, gerida em 78% por pessoas portadoras do vírus HIV/Aids, sendo o restante do grupo operacional, familiares de portadores e voluntários, em sua maioria, profissionais de saúde.
      O GPV é a primeira Ong de luta contra a Aids da Região Centro-Oeste com duas décadas de luta pela prevenção, diagnóstico, direitos humanos e cidadania nas patologias de DST/Aids e Hepatites Virais.

       O GPV tem em seu princípio de atuação em três áreas distintas:
I    -    Execução de Projetos Sociais
I   -     Controle Social no campo dos Direitos Humanos e Saúde
III  -    Advocacy por políticas públicas
  
     O GPV surgiu fruto do estigma, preconceito e abandono das pessoas que vivem com HIV no Estado de Goiás. Da primeira geração de fundadores e diretores, apenas a atual presidenta Rosilda Marinho é sobrevivente das mortes de Aids.

      A primeira experiência do GPV foi no campo da auto-ajuda. Reuniões semanais, que ainda sobrevivem, trouxeram centenas de homens e mulheres com HIV para o debate interno e coletivo de seus problemas e forma de  lutar para sobreviver.

    Posteriormente o GPV foi a primeira ONG a fazer prevenção junto aos públicos vulneráveis de Goiás, prostitutas, Gays, travestis, homens que fazem sexo com homens, trabalhadorews do sexo masculino, mulheres heterossexuais, adolescentes e jovens, idosos, sertanejos (moradores em chácaras e fazendas em Goiás) .

   O GPV teve a experiência de fazer visitas domiciliares e hospitares a pessoas vivendo com Aids. Através do Projeto Buddy, de acompanhamento as PVHA  a ONG iniciou um trabalho promissor de atendimento individualizado na casa da pessoa atingida pelo Vírus.

  Todas as campanhas de carnaval, primeiro de dezembro, dia das mulheres e orgulho LGBT,contaram com a forte presença do GPV.
    Como primeira Ong de prevenção e assistência da Aids na região Centro –Oeste o Grupo pela Vidda já foi responsável pela organização de vários eventos.Os Primeiros encontros de pessoas vivendo com Aids no Centro-Oeste, os primeiros encontros de Ongs Aids do Centro-Oeste , além de dezenas em parceria com o departamento nacional de Aids e programa estadual de Goiás para prevenção e assistência as pessoas vivendo com HIV/Aids.

     A ONG é referencia nos meios de comunicação, na Gestão da Saúde, em Universidades, sindicatos, comunidade na área da Aids e ultimamente vem se especializando no acompanhamento de pessoas com Hepatites.
  O GPV Possui uma sede cedida em comodato, na região central de Goiânia – Goiás, com dois andares, 20 salas, entre garagem, recepção, cozinha,refeitório, 4 banheiros, piscina, salão de reuniões, sala de assessoria jurídica, psicológica, assistencial, presidência, tesouraria, arquivo, sala de espera, de reuniões, três linhas de telefone, fax, 6 computadores, 4 impressoras, scanner, mesas, cadeiras, armários, bazar para venda de produtos feitos por  economia solidária de pessoas vivendo com HIV, brinquedoteca, obras de artes de PVHA, biblioteca.
   O GPV possui duas Kombis, ano 2002 e 2010. Atualmente executa dois projetos  via Pam estadual voltados para PVHA e um projeto de prevenção na parada do orgulho de LGBT de Goiânia –Goiás . Possui título de utilidade pública municipal e estadual, além de assistência social municipal e estadual e recebe diariamente doação de mantimentos e outros insumos a serem distribuídos para famílias de PVHA carentes da região metropolitana de Goiânia.

   A Ong tem em seu quadro de voluntários o coordenador da rede regional de PVHA e da coordenação nacional da Articulação Brasileira de Gays. Já organizou 5 Encontros regionais de ONG Aids do Centro-Oeste e 5 de PVHA da região Centro-Oeste. Participa do Conselho Municipal e Estadual de saúde e assistência social.
   



6.1.2. Capacidade técnica e gerencial (incluindo composição de equipe, histórico de execução de projetos de natureza similar):

        Equipe multidisciplinar (Administradora de empresa, Jornalista, bacharel em Direito, Fotografo, Assistente Administrativo, Motorista, Enfermeira).

        O GPV administra anualmente cerca 150 mil reais ano, entre recursos de projetos da Pam estadual, apoio da secretaria municipal de assistência social e doações voluntárias ao grupo.

       Nestes 22 anos de existência o grupo administrou em média 3 projetos anuais, dois deles voltados para prevenção e ou assistência do HIV/AIDS.

       A ONG nunca teve suas contas rejeitadas pela secretaria municipal ou estadual de saúde e nem pelo Tribunal de contas do Município, do Estado ou da União.

      Atualmente presta assistência direta para 120 famílias de pessoas vivendo com HIV/Aids , e tem uma freqüência diária de 12 pessoas, entre Gays, HSH, Mulheres, trabalhadores do sexo .

      Mantém parceria com Universidades, como a Universo e Federal de Goiás.

      A Ong já executou o Projeto Buddy, de 2005 a 207, de visita domiciliar e prevenção posithiva para pessoas com HIV.
      A Ong tem no seu quadro, e que deverá coordenar o projeto, um técnico que já foi coordenador do projeto somos Centro-oeste, de 2001 a 2007 que previa a organização de ONGs Gays e trabalho de prevenção com este público.

     A Ong tem experiência com dezenas de projeto com prevenção de PVHA, Gays, HSH e outras populações vulneráveis, quer seja pelo Pam estadual ou em parceria com a antiga Coordenação nacional de DST/Aids.



6.2. DA OSC PARCEIRA 1
6.2.1. Qualificação da instituição, histórico de ações relacionadas ao tema da proposta e à população a ser beneficiada pelo projeto:

       O Grupo em defesa dos direitos e cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ( LGBT) do Distrito Federal e Entorno –Elos atua há mais de cinco anos na capital federal, mas há três anos formalizou sua institucionalização.
      Desde 2007  o Grupo vem atuando na organização de paradas do orgulho LGBT nas principais cidades satélites e se tornando uma referencia local da luta pelos direitos humanos de LGBT.       
1. Apoio na Produção do plano distrital de enfrentamento da epidemia DST/Aids entre Gays e outros HSH e outros documentos referenciais para a execução de atividades;
2. Apoio técnico aos empresários com negócios dirigidos para homossexuais para realização de campanhas e outras ações de prevenção das DST/AIDS e Hepatites Virais, tais como: abastecimento de saunas com preservativos, gel e materiais informativos doados pela Sec. de Saúde do DF;
3. Realização por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011) do Seminário de Visibilidade de Travestis e Transexuais do Distrito Federal e Entorno a fim de sensibilizar formadores de opinião (setores de comunicação, Governo, Universidades e/ou e pessoas-chave) sobre formulação de mensagens relacionadas às travestis, na perspectiva de ampliar o conhecimento sobre o segmento e diminuir equívocos e/ou mensagens negativas;
4. Realização do I Café com prevenção da Ceilândia, seminário com intuito de debater assuntos relacionados a prevenção das DST/HIV/Aids e Hepatites Virais com jovens LGBT moradores da cidade de Ceilândia no Distrito Federal;
5. Realização de Ações de prevenção nas Paradas do Orgulho LGBT das Cidades de Sobradinho, Ceilândia, Paranoá, Gama e Taguatinga do Distrito Federal;
6. Projeto: “Prevenção na Balada”, onde uma equipe formada por jovens LGBT vão para festas e levam preservativos, gel e materiais informativos para conscientizar outras pessoas sobre prevenção as DST/HIV/Aids e Hepatites Virais.



6.2.2. Capacidade técnica e gerencial:

1. Equipe técnica formada por voluntários e associados a ONG: 3 psicólogos, 3 alunos de psicologia da UniCEUB, 1 sexóloga, 1 assistente social, 3 alunas de Serviço Social da faculdade UniSaber, 1 professor de Letras português, 1 advogada, 1 Aluno de jornalismo;
2. Realização  por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011) do Seminário de Visibilidade de Travestis e Transexuais do Distrito Federal e Entorno;
3. Realização por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011) das Paradas do Orgulho LGBT de Sobradinho, Ceilândia e Paranoá, todas com ações de prevenção as DST/HIV/Aids e Hepatites Virais;
4. Parceria com as Universidades particulares: UniSaber e UniCEUB;
5. Filiada ao Fórum de ONG/Aids do DF e Entorno.
6. Gerenciou a I Marcha do Orgulho LGBT Nacional com mais de 10 mil pessoas presentes em Brasília.
7. Participa do projeto Quero Fazer, de estímulo ao diagnóstico precoce.









7. DESCRIÇÃO DO PROJETO
7.1. Justificativa e relevância do projeto (relatar o histórico de ações anteriores, se houver, e contextualizar a situação-problema que levou a instituição a propor o projeto, identificando a importância da execução das ações e relacionando com a população, os índices epidemiológicos da região e os aspectos sócio-comportamentais)
       Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011, O Brasil tem 608.230 casosregistrados de aids (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico, divulgado  pelo Departamento  DST/HIV/Hepatites Virais.  Em 2010, foram notificados 34.218 casos da doença e a taxa de incidência de AIDS no Brasil foi de 17,9 casos por 100 mil habitantes. Observando a epidemia por região, em um período de 10 anos, 2000 a 2010, a taxa de incidência caiu no Sudeste de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiões, cresceu: 27,1 para 28,8 no Sul; 7,0 para 20,6 no Norte; 13,9 para 15,7 no Centro-Oeste; e 7,1 para 12,6 no Nordeste.
      Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual. Entre os homens, 42,4% dos casos se deram por relações heterossexuais, 22% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais.
       De acordo com os números de casos de Aids notificados no Sinam,declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo unidade de federação e região de residência por ano de diagnóstico.Brasil  1980/1997 a região Centro-Oeste do Brasil tem 8.111 casos de Aids. O Estado de Goiás tem 2.784 casos registrados , Distrito Federal 2.115 , levando em conta os últimos dados de 1980-2011 35.116 casos, sendo 12.588 em Goiás , 7884 no Mato Grosso , 7741 no Distrito federal e 6903 no Mato Grosso do Sul.
       As  doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids.No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa, a cada ano, são: Clamídia, Gonorréia, Sífilis, HPV e Herpes Genital.
      De 1999 a 2010 (com dados preliminares para o último ano), foram notificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença – A ( 130.354 casos ) , B (104.454 casos ), C ( 69.952 casos ), D (1.812 casos ) e E (874 casos ) . Os dados, divulgados anualmente, apresentam os casos confirmados da doença, de pacientes que geralmente já apresentam sintomas.
       Situação-problema : Desde 2002 , com a descentralização dos recursos de prevenção da Aids para os Estados, via fundo-a-fundo, os atrasos na realização de editais estaduais e a burocratização nos editais tem feito diminuir as ações de prevenção de DST/AIDS/HV, especialmente em Goiás e no Distrito Federal.  Sobretudo o público vulnerável de Homens Gays, Bissexuais e outros Homens que fazem sexo com Homens –HSH, trabalhadores do sexo masculino –TSM  e as próprias pessoas vivendo com HIV estão  sendo os mais afetados com a falta de um trabalho contínuo, duradouro e específico desenvolvido pelo Estado ou pelas ONGs que trabalham com Aids. O mais preocupante as altas taxas de incidência junto a este público, conforme boletim no final deste projeto. Na taxa de incidência ( por 100.000 habitantes) de casos de AIDS notificados no Sinam, declarados no SIM e registrados no SISVEL/SICLOM em 100 municípios brasileiros com mais de 50 mil  habitantes e as maiores taxas de incidência no Brasil em 2010, segundo o Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância Sanitária e Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, além da capital Brasília –DF, três cidades de Goiás estão no topo dos casos de infecção. Fonte: Ms/SVS/Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais – Brasil 2010.
     Jataí, cidade pólo do interior de Goiás, ocupa o 65º lugar, com uma taxa de incidência de 30,7, Caldas Novas, cidade turística de Goiás, no 73º lugar com incidência de 29,8 e Itumbiara, cidade pólo do interior de Goiás, no 88º lugar com taxa de 28,0. Os casos de HSH são altíssimos: 38,5 em Caldas, 27,3 % em Itumbiara e 18,8 em Jataí, sendo que o próprio departamento reconhece que esta população representa apenas 5,1%  do total geral de cidadãos brasileiros.
    Devido a Homofobia Internalizada , muitos Gays, homens Bissexuais e HSH praticam sexo em maior escala quando estão reunidos em cinemas,boates , bares e outros pontos de “pegação” gay. Já as PVHA sofrem com o estigma e preconceito e necessitam de prevenção Posithiva.









7.2. Objetivo geral (constitui-se no objetivo maior do projeto. Com a execução do projeto, pretende-se contribuir para o alcance do objeto proposto no Edital)


  Reduzir a infecção das DST, HIV/Aids e Hepatites Virais junto aos Gays, Homens que fazem sexo com Homens –HSH  , Trabalhadores Sexuais Masculinos- TSM , Pessoas vivendo com HIV/Aids – PVHA e ou hepatites virais nas cidades de maior incidência da Aids  em Goiás e Distrito Federal (Região Centro-Oeste).




7.3. Objetivos específicos (constituem-se nos objetivos secundários a serem alcançados pelo projeto, exclusivamente em função das atividades desenvolvidas para o alcance do objetivo geral)

01. Fortalecer ações e intervenções no campo voltadas para as populações em situação de maior vulnerabilidade as DST,HIV/AIDS e Hepatites Virais, considerando a relevância epidemiológica da região.

02. Fortalecer e ampliar intervenções educativas sistemáticas que contribuam para a ampliação e a qualificação do diagnóstico , prevenção ,promoção da saúde e direitos humanos em DST,HIV/AIDS e Hepatites Virais.

03. Fortalecer a participação das pessoas vivendo com DST,HIV/Aids e ou Hepatites Virais na formulação de políticas,contribuição para a melhoria da organização dos serviços,mobilização comunitária e controle social.

04. Fortalecer as ações para a redução do estigma e da discriminação relacionada a vivencia com HIV/AIDS e ou Hepatites Virais.

05.Promover o uso do preservativo masculino, feminino, gel lubrificante nas ações de campo e intervenções comportamentais.





7.4. Metodologia (descrever a metodologia que será aplicada durante a execução do projeto, incluindo para cada ação tais como capacitações, abordagens etc. Para ações dirigidas às pessoas que usam álcool e outras drogas, descrever a metodologia a ser adotada obedecendo os princípios da redução de danos)


    As intervenções de campo acontecerão nas cidades envolvidas no projeto, com maior incidência de AIDS na região Centro-Oeste de forma sistemática, com caráter educativo e de base comunitária , através de abordagem face-a-face entre gays e gays, travestis e travestis, transexuais e transexuais, trabalhadores do sexo masculino e trabalhadores do sexo masculino, HSH e HSH e PVHA com PVHA. Além das informações de prevenção das DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais serão ofertados preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante, além de folders objetivos e pedagógicos sobre a prevenção das DST/HIV/AIDS e HV.

   Serão realizadas oficinas semanais com pessoas vivendo com HIV/AIDS  e ou Hepatites Virais tendo como foco a adesão ao tratamento , redução de efeitos adversos, sexualidade, gênero, adolescência, juventude, terceira idade, LGBT, estigma, preconceito, discriminação, raça/etnia, deficiências físicas , cidadania, classe social, controle social, auto-ajuda, qualidade de vida, viver com HIV/AIDS, portar Hepatites Virais, entre outros.


      Intervenções educativas e comunitárias integradas com as unidades básicas de saúde do SUS para o diagnóstico precoce das DST, sobretudo a Sífilis, HIV e Hepatites Virais, bem como a vacinação  contra a hepatite B. Cada agente de prevenção terá o desafio de cara-a-cara ou face-a-face dialogar com o público-alvo do projeto sobre DST/HIV/HV, distribuir material educativo, ofertar os insumos e convencer as pessoas da necessidade de se fazer o teste rápido para Sífilis, HIV, HV e tomar as 3 doses da vacina da Hepatite B e encaminhar para as reuniões de pessoas vivendo ou de grupos vulneráveis para diálogos coletivos sobre prevenção, direitos humanos, combate a violência, agenda e política pública, controle social, .... 

         Capacitações  Serão realizadas duas capacitações . A  1ª no primeiro ano do projeto com ONGs Parceiras, agentes de prevenção do projeto, gestores e técnicos do SUS. A 2ª será realizada no segundo ano do projeto com o mesmo público Alvo . A 1 ª Capacitação terá como objetivos : Apresentar a Instituição proponente , apresentar coordenador, equipe do projeto, relevância do projeto, dados epidemiológicos, objetivos geral e específicos, atividades, parcerias no SUS e fora do SUS, Orçamento, metodologia do trabalho e pactuar as metas , ações, prazos e responsabilidades e a agenda das visitas in loco da coordenação . A 2 ª Capacitação visa apontar os erros e acertos do primeiro ano e propor ações para se atingir 100% do projeto com o máximo de perfeição; avaliar qualitativamente as ações feitas e a serem desenvolvidas, trocar experiências das ações desenvolvidas no primeiro ano, ouvir as críticas dos parceiros e incluir as necessárias nas ações do último ano, pactuar ações, metas e visitas in loco da coordenação.

    Visitas in-loco – Ao todo serão feitas 4 visitas a cada cidade ( ver ponto 5.2 ) abrangida pelo projeto. 1 Visita por semestre a cada cidade. O Objetivo é monitorar as ações, dirimir dúvidas, pactuar parcerias locais e contribuir para o aprimoramento do projeto in loco.

    Seminários de avaliação – Serão realizados dois seminários – 1º no final dos 11 primeiros meses do projeto e o 2 º no final do 23 º mês de projeto. O objetivo é avaliar com parceiros e equipe o desenvolvimento do projeto para qualificar o relatório de progresso e dar um salto de qualidade no projeto.

    Prevenção com abordagens Virtuais – A Inovação deste projeto é que daremos destaque a intervenção via redes virtuais como You Tube, Facebook, Twitter, Orkut, Blog , entre outros. Com uma linguagem direta, inovadora e sedutora, pretendemos atingir dois tipos de internautas. Primeiro a população em Geral, com Post e vídeos falando sobre a necessidade do respeito a diversidade sexual, aos Direitos Humanos, especialmente das PVHA e ou com hepatites e Trabalhadores do Sexo. O Segundo Público, que será formado em grupos fechados de PVHA e outro de Homens que fazem sexo com Homens ( Gays, Bi, ...) falando e tirando dúvidas sobre DST/HIV/Aids/Hepatites, Direitos Humanos e fortalecendo a prática da prevenção   e da educação em saúde. 
















7.5. Atividades do projeto (descrever como serão realizadas as atividades de prevenção e enfrentamento às DST/HIV/aids e hepatites virais; incluir a descrição do papel, responsabilidades e ações de cada OSC envolvida no projeto)
1.    Contratação da Equipe do projeto – Caberá a Ong proponente e Parceira lançar  conjuntamente o edital de seleção de candidatos a agentes de prevenção. Como a prevenção se dará entre pares será observada experiência técnica em prevenção com HIV e o interesse do/a candidato/a em atuar na prevenção como Gay, Trabalhador do Sexo Masculino, PVHA ou HSH. Caberá a Ong Proponente lançar o edital para contração de consultores pontuais.
2.    Realização de uma capacitação  visando preparar a equipe para o trabalho de campo e o alcance dos objetivos propostos no Projeto. 
3.    Produção e Distribuição de material de comunicação do Projeto. Comunicação Interna – O Projeto terá um e-mail , grupo virtual mail-list , grupo privado noFacebook e Grupo de Skipe para a comunicação diária entre a equipe do projeto e parceiros. Este mecanismo, além de baratear os custos, como forma inovadora, substituindo os antigos telefonemas interurbanos, ainda serão reverberados em tempo real de forma individual ou coletiva, dependendo das dúvidas de cada membro. A Comunicação interna periódica, contínua e individual ou coletiva servirá de estímulo ao desenvolvimento das ações de prevenção e enfrentamento às DST/HIV/AIDS e hepatites virais. Esta atividade será de responsabilidade da ONG Proponente via equipe de trabalho.   Comunicação Externa – o Projeto Foco terá um Blog, Twuitter, Facebook,  E-mail e Orkut aberto a equipe, parceiros, público vulneráveis a ser beneficiado direta e indiretamente pelo projeto. Diariamente serão publicados Post ( postagens ) relacionadas a prevenção às DST/HIV/Aids e hepatites virais   , Direitos Humanos de PVHA e público vulnerável, Diagnóstico precoce das DST,HIV e hepatites Virais, Estímulo a vacinação da hepatite B  e tira-dúvidas para interessados na abordagem virtual do tema. Esta atividade será de responsabilidade da ONG Proponente via equipe de trabalho. 
4.    Intervenção Comportamental – Será feita diariamente nos locais de freqüência do público vulnerável . Saunas ( Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino e Homens PVHA  ), Bares (Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino , Homens PVHA  , Mulheres PVHA , Travestis e Transexuais, Lésbicas) , Cines (Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino e Homens PVHA), Áreas de pegação em Bosques/Parques (Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino,  Homens PVHA  e Travestis ) , Paradas do orgulho LGBT (Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino , Homens PVHA  , Mulheres PVHA , Travestis e Transexuais, Lésbicas ), Áreas de Alimentação de Shoppings ( Jovens Gays e HSH  ), CTA,SAE, Ambulatórios de atendimento de pessoas com Aids e ou hepatites Virais ( PVHA e Pessoas com Hepatites), Reuniões semanais dos Grupos de Auto-Ajuda (  Gays, HSH , Trabalhadores do Sexo Masculino , Homens PVHA  , Mulheres PVHA , Travestis e Transexuais, Lésbicas). Estas atividades serão de responsabilidade das Ongs Parceiras e sua equipe envolvida com o projeto.     Em todas as atividades serão distribuídos materiais educativos  sobre a importância e uso correto do preservativo masculino ( Adulto e Adolescente)  e ou feminino, gel lubrificante ; Profilaxia Pós-Exposição ao HIV – PEP ; Identificação das principais DST ( Sífilis, Clamídia, Gonorréia, Herpes, HPV, ...) com forma de prevenção, contágio, locais de diagnóstico e tratamento , local, data e hora das reuniões dos grupos de auto-ajuda e endereços virtuais ; HIV ( formas de infecção,  prevenção, contágio, locais de diagnóstico e tratamento , local, data e hora das reuniões dos grupos de auto-ajuda e endereços virtuais ) e Hepatites Virais ( O que são Hepatites A, B, C, D e E ,  com forma de prevenção, contágio, locais de diagnóstico e tratamento , local, data e hora das reuniões dos grupos de auto-ajuda e endereços virtuais ) . Além disso serão distribuídos os insumos preservativos e gel . Estas atividades serão de responsabilidade das Ongs Parceiras e sua equipe envolvida com o projeto.Todo o trabalho da equipe será feito entre pares, pelos agentes de prevenção ; Gays, HSH,  PVHA e/ ou Pessoa com Hepatite que serão capacitadas para agir em campo e terão a coordenação in loco de um sub-coordenador/a do projeto, além de empoderarem as pessoas abordadas para a multiplicação da informação e redistribuição de material para parceiros e clientes ou outras pessoas da comunidade. Estas atividades serão de responsabilidade das ONGs Parceiras e sua equipe envolvida com o projeto.

    

7.6. SUS: Parcerias, referência e integração com serviços públicos de saúde(descrever como serão integradas as atividades realizadas no projeto com a gestão/serviços local e regional)

     As Coordenações Municipais e Estaduais/Distrital das cidades e Unidades Federadas do Centro-Oeste envolvidas no projeto de rede PHOCO serão convidadas para : Entrar para os grupos virtuais, participar das capacitações de forma ativa, participar dos seminários de avaliação de forma crítica e ter canal de comunicação permanente com a coordenação e sub-coordenações do projeto.

   O Departamento e PNUD terão total liberdade para fazer monitoramento preventivo quando julgarem necessário. Além disso, todo material de comunicação passará pela chancela do Departamento e PNUD.
   As Coordenações Estaduais e Distrital ficarão responsáveis pelo repasse de informações técnicas orientativas para o projeto, disponibilização de agenda e recursos humanos para diagnóstico precoce do público-alvo em locais de sua freqüência continua. Além disso será pactuada cota mensal de vacina contra a Hepatite B a ser aplicada nos Grupos de Auto-ajuda ou locais de sociabilidade do público alvo, dentro das atividades extra-muro do CTA.

    As coordenações municipais, pela proximidade local, terão liberdade para fazer monitoramento quando julgar necessário e serão convidadas para as atividades do projeto, capacitações, seminários, grupos de auto-ajuda, prevenção nos locais de freqüência do público-alvo.

    Todas as pessoas abordadas pelos agentes de prevenção serão, a partir de suas necessidades, encaminhadas para unidade de saúde mais próxima de sua residência ou onde desejarem para o diagnóstico das DST/HIV/ hepatites virais . Por outro lado as ONG Parceiras servirão de referencia para apoio as pessoas que estejam em fase de descoberta de HIV/DST e ou HV e que sejam do público –Alvo. 

   Ativistas e possíveis lideranças serão empoderadas a participar ativamente das conferencias de saúde, eventos de ONG AIDS e de seus públicos vulneráveis e dos conselhos gestores locais ou de saúde.

    Serão colocados, mensalmente, nas Unidades de Saúde, CTA,SAE e Ambulatórios cartazes e folders do projeto .

    Todas as pessoas abordadas que fizeram sexo desprotegido serão encaminhadas para a PEP em até 72 horas após o contato com o HIV e posteriormente, após 30 dias ( janela imunológica ) para exame de HIV / Sífilis e Hepatites . As que tiverem dúvidas se estão ou não com DST serão encaminhadas para acompanhamento médico nas unidades de saúde e orientadas a não fazer a auto-medicação farmacêutica ( prática comum entre as pessoas do sexo masculino ) .

  







7.7. Outras parcerias estabelecidas para o projeto (identificar/descrever as parcerias com outros atores e a articulação (local, regional ou nacional) estabelecida para a realização dos trabalhos propostos)

     Tanto a Ong proponente como as parceiras serão orientadas a fechar parceria com :

I – Casas comerciais de freqüência do Público-Alvo ( Saunas, Cines, Boates, Bares, Locais de Festas LGBT), com intuito de permitirem a entrada dos agentes de prevenção para distribuição de insumos e materiais educativos e a colocação de dispensadores de preservativos  fornecidos pelo projeto;

II – Conselhos de Saúde – Será solicitada um pedido de pauta para informes sobre o projeto e a contribuição de cada conselheiro e conselheira para estar acompanhando o projeto de forma propositiva e assertiva.

III – Centros de Referencia LGBT , Centros de Referencia em Assistência Social – Crass e Centro-Especializado de Assistência Social  e ONGs com projetos de assessoria jurídica para – Cress serão chamados a fazer parceria para atendimento psicológico, jurídico e de Assistência do público a ser beneficiado pelo projeto.

IV – Nacionalmente o projeto pretende criar parceria com a Articulação Brasileira de Gays ( Artgay ), com a Articulação Brasileira de Travestis e Rede Nacional de Transgeneros, Rede3 Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids , Articulação Brasileira de Lésbicas e Liga Brasileira de Lésbicas e Cidadãs Posithivas. Além disso a coordenação do projeto participará da harmonização nacional feita pelo Departamento de DST/HIV/HV.

V -   Regionalmente estaremos presentes nos eventos do movimento AIDS como encontros, seminários, congressos, reuniões e do movimento LGBT ou de PVHA levando materiais informativos do projeto e socializando os mesmos.

VI – Com Blogs de grande acesso por Gays e outros HSH, como www.paroutudo.com  ,www.disponivel.com  , www.acapa.com  ,www.mixbrasil.com , entre outros.






7.8. Descrição da produção do conhecimento e divulgação dos resultados da ação proposta, bem como o acompanhamento dos encaminhamentos propostos(especificar como se pretende produzir conhecimento, divulgar os resultados e acompanhar os encaminhamentos das ações)



A produção do conhecimento se dará pelo método pedagógico da  arte pedagógica da andragogia de desenvolvimento de educação para Adultos.

     Técnica 1 – Necessidade de Saber – Quem se inscreve num seminário de cunho técnico - formativo  tem sempre a necessidade de aprender algo e saber qual ganho intelectual terão no processo.
      Técnica 2 – Autoconceito do aprendiz – As pessoas são responsáveis por suas decisões e por sua vida.
      Técnica 3 – Papel das Experiências – Para o adulto as suas experiências são a base do seu aprendizado. As experiências individuais , quer seja como médico, enfermeiro, gestor, ativista de ONG ou pessoa acometida pela patologia são importantes no processo de construção coletiva.
     Técnica 4 – Prontidão para aprender – Adultos estão mais predispostos a aprender quando o aprendizado tem ligação com o seu dia-a-dia.
     Técnica 5 – Orientação para o aprendizado -  O adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade.
     Técnica 6 -  Motivação - adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento

    O conhecimento será construído a partir das palestras informativas e formativas e o debate de casos concretos.
    
   A Divulgação dos resultados se dará em um relatório objetivo contendo o diagnóstico da situação e as ações propostas para sua superação. O relatório será divulgado de forma eletrônica para o Departamento de AIDS, Gestores Estaduais e Municipais da AIDS do Centro-Oeste, Conselhos estaduais/Distrital e das capitais de saúde e participantes do evento.

   As ações serão monitoradas por uma rede centro-oeste de luta contra as DST/HIV/HV através do acompanhamento do andamento das ações pactuadas, da participação no conselhos Estaduais e Distrital e na realização de seminários com a mesma temática em anos subseqüentes. 






8. RESULTADOS (indicar, cronologicamente, quais são os resultados esperados. Se for necessário, adicionar folhas suplementares)

METAS
Especificação das ações
Resultados esperados
Meios de verificação
Realizar 440 Oficinas com Público Vulnerável nas cidades abrangidas
01.  Oficina semanal com HSH e TSM e PVHA em cada cidade abrangida.
400 oficinas totalizadas em dois anos de projeto
Lista de presença, com nome, e-mail,  n de documento
Fazer atendimento individual com 1.000 pessoas do público vulnerável em 2 anos de projeto
01.  Abordagens face-a-face diariamente nos pontos de socialização do público vulnerável com o cadastramento das pessoas
1.000 pessoas do público vulnerável atendida e preparadas para multiplicar informações recebidas
Cadastro de pessoas atendidas pelo projeto
Encaminhar 300 pessoas para diagnóstico precoce em dois anos
01.  Orientação e encaminhamento para o CTA ou Unidade Básica de saúde
300 pessoas do público vulnerável testadas
Fichas de referencia do projeto para as Unidades de Saúde






9. PLANO DE EXECUÇÃO DO PROJETO (Indicar todas as atividades a serem executadas para elaboração dos relatórios Intermediários e Final)
Mês de referência
(01 a 24)
Atividades a serem desenvolvidas para o alcance dos objetivos propostos nos relatórios Intermediários e Final (identificar todas as atividades a serem desenvolvidas, inclusive as que se repetem ao longo da execução do projeto. Se for necessário, adicionar folhas suplementares)
01
01. Contratação da Equipe do Projeto
02 
02. Capacitação da equipe
02 a 24
03. Abordagem diária , face-a-face e entre pares em locais de sociabilidade do público-alvo com oferta de insumos de prevenção
02 a 24
04. Intervenções de promoção a saúde com o foco na adesão ao tratamento e redução do efeito adverso dos medicamentos em oficinas semanais com PVHA
02 a 23
05. Visitas in loco nas cidades da área de abrangência do projeto para verificar o desenvolvimento das ações e estimular a equipe, além de contribuir com parcerias locais.
03 a 23
06. Confecção e distribuição  de material de comunicação e intervenção em a saúde no mundo virtual.
02 a 23
07. Intervenções de campo para o incentivo a prevenção das DST,Aids e hepatites Virais , além do incentivo ao diagnóstico precoce e a vacinação da hepatite B, especialmente nas oficinas semanais com os Públicos Vulneráveis  
02 a 23
08.Intervenções de comunitárias encaminhando para o serviço público de saúde pessoas interessadas no diagnóstico precoce do HIV, Sífilis, Hepatites e outras DST, bem como a vacinação da Hepatite B
02 a 24
09. Palestras em escolas, falas em boates, nas oficinas de sexo seguro com temas transversais como sexualidade, gênero, geração, orientação sexual, identidades de gênero, estigma, preconceito, discriminação, raça/etnia, viver com HIV/AIDS , portar Hepatites Virais, ...
02 a 24
10 . Advocacy com participação em reuniões do conselho municipal e estadual de saúde,  audiências públicas na Câmara municipal e Assembléia Legislativa que tenham como temática políticas públicas para LGBT, PVHA e Pessoas portadores de Hepatites Virais,

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