segunda-feira, 6 de maio de 2013

HEPATITES

De 1999 a 2011 (com dados preliminares para o último ano), foram notificados 343.853 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença – A, B, C, D e E (quadro abaixo). Os dados, divulgados anualmente, apresentam os casos confirmados da doença, de pacientes que geralmente já apresentam sintomas. A última versão do Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais no Brasil foi divulgado em 25 de julho de 2012. Além desse documento, há o Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos vírus das Hepatites A, B e C nas Capitais do Brasil, também chamado de inquérito nacional das hepatites virais, realizado nas capitais e no Distrito Federal, com a realização de exames por amostragem de pessoas. Por isso, existem diferenças entre as informações divulgadas.
Dados de hepatites virais notificados entre 1999 e 2011*
HepatiteNúmero de casos
A138.305
B120.343
C82.041
D2.197
E967



Hepatite A – A maior parte dos casos notificados no período foi registrada nas regiões Nordeste (31,2%) e Norte (23,3%). Crianças menores de 13 anos representam o grupo mais acometido pela hepatite A e compreendem 75,6% dos casos notificados no país, de 1999 a 2011*. Nesse grupo, também se concentram as mais elevadas taxas de incidência.
No país, observa-se diminuição da taxa de incidência a partir de 2006, quando se registrou 9,1 casos por 100 mil habitantes. Em 2010*, a taxa verificada foi de 3,6 por 100 mil habitantes. Neste mesmo ano, em relação às regiões, a Norte apresentou a maior taxa (11,8), seguida pela Sul (4,3), Nordeste (3,7), Centro Oeste (4,0) e Sudeste (1,4).
Hepatite B – A análise por região demonstra que o Sudeste concentra 36,6% dos casos, seguido do Sul, com 31,6% das notificações, entre 1999 e 2011. Nesse período, tanto o país, quanto as regiões apresentaram crescimento das taxas de incidência (número de casos a cada 100 mil habitantes). No Brasil, a taxa passou de 0,3%, em 1999, para 6,9%, em 2010. A região Sul registra os maiores índices desde 2002, seguida do Norte. As taxas observadas nessas duas regiões, em 2009, foram de 14,3 e 11,0 por 100 mil habitantes, respectivamente.
Em relação à provável fonte/mecanismo de infecção atribuída ao final de investigação epidemiológica, em 2011*, ainda há um alto percentual de ignorados ou deixados em branco (56,1%). No mesmo ano, dos casos nos quais esse campo foi preenchido, a via sexual é a forma predominante de transmissão (52,7%).
Hepatite C – Do total de casos de hepatite C registrados entre 1999 e 2011*, 55.222 foram na região Sudeste e 18.307, na Sul. Juntas, essas duas regiões concentram 90% dos casos confirmados no país. As taxas de incidência mais elevadas também se concentram nessas regiões. Enquanto o país registrou incidência de 5,4 casos confirmados para hepatite C, em 2010, a região Sudeste apresentou 8,1 e a Sul, 9,4.
As duas principais vias de transmissão são uso de drogas e transfusão de sangue. Em 2011*, o uso de drogas como provável fonte/mecanismo de infecção foi registrado em 28,9% dos casos e a transmissão por transfusão em 25,2%.
Hepatite D – Só as pessoas que já são portadoras do tipo B podem ser infectadas pelo tipo D, também causado por vírus. Entre 1999 e 2011*, foram confirmados 2.197 casos de hepatite D, com concentração de 76,4% na região Norte. Os estados do Acre e Amazonas agregam a maioria dos casos acumulados no período e notificados, 644 e 812, respectivamente.
Hepatite E – Neste tipo da doença, os sinais e sintomas são semelhantes aos da hepatite A. Contudo, esse tipo é raro no Brasil. Entre 1999 e 2011*, foram registrados 967 casos da doença. Do total acumulado, mais da metade 48,6% (470) foram notificados na região Sudeste.
Óbitos por hepatites virais – Entre as mortes atribuídas especificamente às hepatites virais no Brasil, o maior número registrado entre os anos de 2000 a 2011* foi decorrente da hepatite C, com 16.896 óbitos. Em seguida, encontra-se a hepatite B, com 5.520 óbitos declarados. No mesmo período, a causa básica de óbito por hepatites é menor nos tipos A (639), D (303) e E (51). Os óbitos são extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)..

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